domingo, 17 de outubro de 2010

O Monge e o Executivo

O Monge e o Executivo
Anotações e reflexão pessoal sobre o famoso
livro de James C. Hunter


Passado o primeiro turno da eleição de 2010, eu me encontrava cansado e, vislumbrando a chegada de um final de semana prolongado, visitei uma livraria no shopping com o intuito de comprar jornais diários e algumas revistas para uma leitura descompromissada e relaxante.
Fiquei um bom tempo em frente às prateleiras onde estão localizados os jornais e periódicos e praticamente nada me chamou a atenção.
Decidi passear pela livraria vendo os títulos em exposição.
Naquele momento tive a sensação de não saber direito o que estava fazendo.
Meus olhos bateram meio sem querer no livro “O Monge e o Executivo”. Um amigo já tinha recomendado a sua leitura.
Parei e li seu subtítulo: “Uma história sobre a essência da liderança”.
Logo me interessei, pois o resultado eleitoral tinha confirmado um sentimento que vinha crescendo em mim desde 2007, qual seja, o de que os nossos representantes políticos locais têm mais Poder que liderança, por isso mesmo vulneráveis.
Comprei o livro sem sequer observar seu índice (raramente faço isso!).
Ao iniciar a leitura fácil, agradável e simples logo relembrei que “nada é por acaso”, que “coincidências não existem” (cansei de ouvir isso de Pierre Weill). Percebi neste momento que cada um de nós tem seu Semeão.
Eu realmente precisava ler aquilo, pois me identifiquei bastante com John, quando concluiu que sua vida era aparentemente muito boa e cheia de satisfações, mas se chocou ao perceber que as coisas não são como parecem ser.
Esse trecho do livro, mormente no trecho em que ele constata sua realidade com esposa e filhos, me fez chorar.
Daí por diante devorei as páginas como uma fome incrível de mais informações sobre mim mesmo (neste momento eu já tinha esquecido da eleição).
Descobri que sou arrogante, impontual, desobediente, que não sei ouvir, que corro mais atrás de poder que da liderança de mim mesmo, que resisto a mudanças, que tinha esquecido que Jesus é o melhor modelo de homem e liderança a ser seguido, que é necessário amar e servir os que estão ao meu redor, que liderar exige atenção às necessidades dos liderados, que servir implica em sacrifício, que intenções sem ações é igual a nada.
Como querer liderar desta forma?
Por fim, descobri ou relembrei que eu não estava condenado permanecer assim por toda vida, muito menos podia atribuir a alguém a responsabilidade por aquele diagnóstico, aquilo dizia respeito às escolhas que fiz até então e o futuro dependia das novas escolhas que eu faria.
Terminei de ler o livro com uma vontade enorme de realizar coisas que permaneçam para além de meu estágio nesta terra e com uma vontade enorme de sentir o prazer que John sentiu no abraço relatado na última página.
Quando voltei meu olhar para fora de mim, pensei alto: o político que buscar seguir o modelo de liderança proposto no livro poderá receber como recompensa a felicidade e o abraço do povo.